terça-feira, 8 de setembro de 2015

‘Carcará - Asas da Justiça’ é um game indie brasileiro que ensina o Código de Defesa do Consumidor

Se tem um jogo que sempre tive curiosidade de jogar, mas até agora não fui atrás é o ‘Phoenix Wright: Ace Attorney’. A ideia de um jogo de advogados era realmente curiosa, mas alguma coisa não me fazia ir até essa game.


Um dia chega até o meu e-mail a seguinte mensagem: “Conheça ‘Carcará’, o ‘Phoenix Wright’ brasileiro. Baixe no Splitplay”. E eu pensei, “Ué, por que não?”. Acessei o link, loguei na minha conta e baixei o jogo.

‘Carcará – Asas da Justiça’ conta a história do advogado Fabio Carcará, um jovem idealista que trabalha no escritório Asa Branca & Ribeiro. Junto com a estagiaria Nina, defende os necessitados em suas batalhas judiciais em nome da justiça, amparado pelo Código de Defesa do Consumidor.


De começo, achei aquele nome meio esquisito, “Carcará”. Ficava pensando no Wolverine (que na real seria um Carcaju), outros NPC, a Dr. Asa Branca (música do Gonzaguinha), Nina (muito parecida com a menininha do ‘Phoenix Wright’) e depois começou com coisas de Código de Defesa ao Consumidor, e tudo isso foi me desanimando. Fui bem influenciado pelo meu preconceito contra coisas nacionais. O famoso “Complexo de Vira-Lata”.

Então, a gente começa a jogar. Encontra o figurassa Dr. Falcão, a Riri “vida loka” e sua referência ao Orkut, a Amanda (uma graxinha), e outros advogados também bem caricatos e interessantes.


E com isso, você vai se envolvendo, no começo por que você fica com aquela ideia de “preciso prestar atenção nos detalhes, preciso focar nos detalhes”, mas como tempo, você vai se apegando aquele mundinho, vai entrando na história. O que torna o jogo bem legal.

Além disso, enquanto você lê as passagens do Código de Defesa do consumidor, você também acaba encontrando alguma informação que te faz pensar “Caramba, não sabia disso, se soubesse antes não teria me ferrado naquela situação”. Você está aprendendo mais sobre diversas coisas úteis para o seu dia a dia de forma divertida. É comprovado que você absorve melhor informações quando está se divertindo.


Então tudo isso faz do jogo um merecedor do Concurso INOVApps 2014. Parabéns para os desenvolvedores da equipe Supernova Indie Games.

Agora, é claro que o jogo tem seus problemas. Bugs? Alguma coisa simples, como o botão X não aparecer na hora que tem que aparecer, ai temos que voltar uma tela, abrir outra, até o botão aparecer.

Tempo. O game é curto. Coisa de resolver ele todo em cerca de 2 horas. E o principal problema, um capitulo do meio é muito arrastado, nada acontece. Você lê o código, um NPC surge e te pergunta alguma coisa relacionada. Nada de julgamento. Nada de batalhas.


Os personagens são legais, mas eles não são 100% desenvolvidos. O jogo poderia se aprofundar um pouco mais nos relacionamentos. Poderia ter mais conteúdo, mais história.
Por último, e talvez o problema mais sério: os gráficos. Não sei em qual resolução o jogo foi feito ou se minha tela é muito grande, mas os desenhos do jogo pareciam muito pixelados. Como se a equipe tivesse esticado muito um desenho pequeno para ficar do tamanho correto.


Isso deixa os personagens muito serrilhado nas bordas, e algumas imagens parecem bem distorcidas. Nada que deixe o jogo injogável, mas faltou um pouco de cuidado com isso, ou pelo menos, indicar uma resolução ideal.

Pesando na balança, ‘Carcará – Asas da Justiça’ é um jogo divertido, que dá para você matar umas horinhas e conta com um ótimo preço: Gratuito. Você pode baixar o game no site Split Play para PC, na Google Play para Android ou no site oficial para várias plataformas.

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