Se tem um jogo que sempre tive curiosidade de jogar, mas até
agora não fui atrás é o ‘Phoenix Wright: Ace Attorney’. A ideia de um jogo de advogados
era realmente curiosa, mas alguma coisa não me fazia ir até essa game.
Um dia chega até o meu e-mail a seguinte mensagem: “Conheça ‘Carcará’,
o ‘Phoenix Wright’ brasileiro. Baixe no Splitplay”. E eu pensei, “Ué, por que
não?”. Acessei o link, loguei na minha conta e baixei o jogo.
‘Carcará – Asas da Justiça’ conta a história do advogado
Fabio Carcará, um jovem idealista que trabalha no escritório Asa Branca & Ribeiro.
Junto com a estagiaria Nina, defende os necessitados em suas batalhas judiciais
em nome da justiça, amparado pelo Código de Defesa do Consumidor.
De começo, achei aquele nome meio esquisito, “Carcará”.
Ficava pensando no Wolverine (que na real seria um Carcaju), outros NPC, a Dr. Asa
Branca (música do Gonzaguinha), Nina (muito parecida com a menininha do ‘Phoenix
Wright’) e depois começou com coisas de Código de Defesa ao Consumidor, e tudo
isso foi me desanimando. Fui bem influenciado pelo meu preconceito contra
coisas nacionais. O famoso “Complexo de Vira-Lata”.
Então, a gente começa a jogar. Encontra o figurassa Dr.
Falcão, a Riri “vida loka” e sua referência ao Orkut, a Amanda (uma graxinha),
e outros advogados também bem caricatos e interessantes.
E com isso, você vai se envolvendo, no começo por que você
fica com aquela ideia de “preciso prestar atenção nos detalhes, preciso focar
nos detalhes”, mas como tempo, você vai se apegando aquele mundinho, vai
entrando na história. O que torna o jogo bem legal.
Além disso, enquanto você lê as passagens do Código de
Defesa do consumidor, você também acaba encontrando alguma informação que te
faz pensar “Caramba, não sabia disso, se soubesse antes não teria me ferrado naquela
situação”. Você está aprendendo mais sobre diversas coisas úteis para o seu dia
a dia de forma divertida. É comprovado que você absorve melhor informações quando
está se divertindo.
Então tudo isso faz do jogo um merecedor do Concurso
INOVApps 2014. Parabéns para os desenvolvedores da equipe Supernova Indie
Games.
Agora, é claro que o jogo tem seus problemas. Bugs? Alguma coisa simples, como o botão X não aparecer na
hora que tem que aparecer, ai temos que voltar uma tela, abrir outra, até o
botão aparecer.
Tempo. O game é curto. Coisa de resolver ele todo em cerca
de 2 horas. E o principal problema, um capitulo do meio é muito arrastado, nada
acontece. Você lê o código, um NPC surge e te pergunta alguma coisa
relacionada. Nada de julgamento. Nada de batalhas.
Os personagens são legais, mas eles não são 100%
desenvolvidos. O jogo poderia se aprofundar um pouco mais nos relacionamentos.
Poderia ter mais conteúdo, mais história.
Por último, e talvez o problema mais sério: os gráficos. Não
sei em qual resolução o jogo foi feito ou se minha tela é muito grande, mas os
desenhos do jogo pareciam muito pixelados. Como se a equipe tivesse esticado
muito um desenho pequeno para ficar do tamanho correto.
Isso deixa os personagens muito serrilhado nas bordas, e algumas
imagens parecem bem distorcidas. Nada que deixe o jogo injogável, mas faltou um
pouco de cuidado com isso, ou pelo menos, indicar uma resolução ideal.
Pesando na balança, ‘Carcará – Asas da Justiça’ é um jogo
divertido, que dá para você matar umas horinhas e conta com um ótimo preço: Gratuito.
Você pode baixar o game no site Split Play
para PC, na Google
Play para Android ou no site oficial para
várias plataformas.
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