terça-feira, 4 de março de 2014

Doido Comenta: Robocop - com spoilers

O meio-homem, meio-maquina, todo policial que fez muito sucesso na Sessão da Tarde voltou aos cinemas em uma versão novo e com um toque de Brasil em Hollywood.
José Padilha dirigiu a nova versão de Robocop e fez um filme... bom.



Ele não consegue chegar no original, mas também não fica totalmente por baixo. Se você quer saber então continue lendo.

A essência do filme é a mesma, mas há mais profundidade no discurso homem x máquina, e isso cabe bem hoje em dia, já que, atualmente, os drones são cada vez mais comuns na vida diária. Eles fazem entregas, participam do carnaval e o que será que farão em breve?

No mundo de Robocop, os robôs são ativos e participantes da vida diária de locais onde as guerras eram comuns, como países do oriente médio, criando uma paz baseada no medo.

O apresentador Patrick "Pat" Novak (Samuel L. Jackson), anfitrião da The Novak Element, defende que os robôs devem entrar na America e serem os guardiões da segurança e paz, mesmo que durante sua transmissão todo mundo vê que os robôs matam sem discriminação de homens mulheres ou crianças. Eles só não atacam quem usa uma pulseira com um led vermelho.

Enquanto isso, o detetive Alex Murphy (Joel Kinnaman) investiga alguns policiais corruptos que estão desviando as armas apreendidas novamente para as ruas. Murphy, é um policial incorruptível, mas acaba sofrendo um atendado e fica entre a vida e a morte.

A oportunidade perfeita para Raymond Sellars (Michael Keaton), o CEO da OmniCorp, colocar em pratica seu plano de colocar um homem dentro de uma máquina, com ajuda do médico especialista em diversos tipos de próteses desenvolvidas pela OCP, Dr. Dennett Norton (Gary Oldman), eles conseguem fazer seu primeiro policial do futuro, Robocop.

Este é o plot básico. Alguns elementos como a greve dos policiais de Detroit foram excluídos, mas outros como a participação maior da família de Murphy foram incluídos.

São coisas que tornaram o filme mais único e separam ele do original de 1987, e podem ser legais para os novatos, mas para os fã fica difícil não comparar. Em especial quando diversas coisas remetem ao filme antigo, como o Robocop original aparecendo como um opcional "modo de combate", as frases de efeito como "Vivo ou morto, você vem comigo" e a música tema.

E por último e mais importante, o final do filme não tem a mesma "pegada" do original. Enquanto no antigo aquela surpresa do diretor da OCP demitindo o vilão e livrando o Robocop da última diretriz é um tipo de situação que deixa o espectador com aquela impressão de "*aralhooo!!! Como eu não pensei nisso? Que *oda!!"

Neste novo, o vilão está usando o led vermelho o que impede o Robocop de agir e ele com a força de vontade do lado humano é que faz com que ele consiga superar a programação e dar um tiro no seu vilão.

É interessante, mas não te faz pular da cadeira como o antigo.

E por último, sabe o que sobra do carvão na churrasqueira depois do churrasco? Aquilo é o resultado de queimaduras de 4° grau! Se o Murphy tivesse queimadura de 4° grau não ia sobrar nada pra fazer um Robocop!

No final, você fica com a impressão de que faltou algo no filme. É legal é, mas ainda não chegou no original.

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