segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Doido Comenta - Avenida Q

Avenida Q é um musical escrito por Robert Lopez e Jeff Marx, e dirigido por Jason Moore, estrou em 2003 e já ganhou uma série de prêmios. No Brasil, estrou em 2009 e também fez um enorme sucesso.



Não dá para negar e também não é preciso dizer que a peça é ótima. Quando me mostraram uma das musicas fiquei com vontade de assistir o musical, mas como na época o musical era top, os ingressos refletiam isso, chegando a custar mais de R$ 100,00.

A peça foi e agora volta em sua terceira temporada, e o melhor com preços populares. Finalmente pude ir ver.

E valeu muito a pena.

Avenida Q conta a historia de Princenton, um jovem recém formado e sem emprego.
O único lugar em que pode pagar aluguel é na Avenida Q (ele vem procurando desde a Avenida A), chegando lá ele encontra seus futuros vizinhos falando sobre quem está mais na merda.

Seus vizinhos são Brian, um judeu que quer ser comediante e sua noiva, Japa Neuza, uma psicologa sem nenhum paciente.
Kate Monstro (que pra mim não tem nada de monstro, ela é muito bonitinha), uma assistente de professora do jardim da infância, que sonha em abrir uma escolinha para monstros.
Nick e Rod, dois caras que moram num mesmo apartamento, um muito arrumadinho e outro bagunceiro e preguiçoso.
Trekkie Monstro, um monstro viciado em internet e em pornografia na internet.
E Gary Colleman, o ex-astro mirim, que agora é zelador dos apartamentos da Avenida Q.

Avenida Q é um tipo de parodia com o programa Vila Sésamo, onde pessoas e monstros vivem juntos sem nenhum tipo de explicação lógica. Um tipo de "choque de realidade" nas pessoas que cresceram vendo programas que diziam que você era especial e que podia fazer tudo que quisesse mas quando cresce vê que a realidade não é nada disso, que você não é especial.
E é neste ponto que eles escolheram Gary Colleman como um dos personagens, já que ele e muitos outros astros mirins hoje são só uma sombra do que foram (aqui podemos substituir Gary Colleman por Macaulay Culkin ou Jordy que daria na mesma.),  vivem uma vida longe dos holofotes.
(Fiquei pensando se no original o papel de Gary era feito por Gary Colleman. Na real ele topou fazer, mas nunca correu atrás do papel. Ameaçou processar a peça, mas também não processou. Quando ele morreu, as apresentações passaram a ser dedicadas a ele).

A peça fala sobre os problemas que você enfrenta após começar a vida adulta, pagar contas, procurar seu proposito na vida, dinheiro e a falta dele, racismo, sobre a descoberta da sexualidade ou homossexualidade. 
Misture tudo isso a musicas, bonecos transando, os Ursinhos do Mal, que são fofos mas querem mais é ver o circo pegar fogo e você lá no meio, e você tem dois atos de um espetáculo que, com certeza mereceu cada um dos seus prêmios.

E as musicas são espetaculares, você acha elas na internet facilmente, mas ver a coisa acontecendo no palco é muito diferente. Algumas eu gostei mais do que outras, e são principalmente as que não são as engraçadas.

Fantasy comes True é uma das que mais gostei, mas não acho ela em português.



E There's a Fine, Fine Line dá vontade de ir abraçar a Kate Monstro quando ela termina de cantar, tadinha dela.

Resumindo, Avenida Q vale muito a pena ir ao teatro.
Aproveite que o ingresso está a preço popular, R$ 40,00, e ainda tem meia-entrada (embora saiba que se você pagar meia entrada você vai sofre bullyng dos personagens).

Avenida Q está mais que recomendado.

É só ate dia 25 de outubro. Corre.

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