terça-feira, 11 de junho de 2013

Doido Comenta: A Guerra dos Consoles

Todo mundo está vibrando com o anuncio do PS4, dizendo que a Microsoft foi detonada por tudo o que foi mostrado e que a Sony ganhou a guerra nesta geração.
Mas, será mesmo?

Ganhar uma guerra significa que seu inimigo apareceu no campo de batalha. E a Microsoft fez isso?



Tenho uma opinião bem simples sobre a Guerra dos Consoles atual e quero compartilhar com vocês. Comentem, concordem, discordem a vontade. O Espaço aqui é para conversar.


Vamos deixar claro, essa analise está levando em conta o mercado americano de games, não o mercado brasileiro. São coisas muito diferentes, a começar pelo preço de consoles e games.

A Microsoft, nesta geração, está com o objetivo de ser um "centro de entretenimento" não só um vídeo game.
Kinect obrigatório, Skype, Netflix, séries e etc não é uma coisa que atrai os gamers, então por que investir nisso?
Por que ela quer pegar uma fatia de mercado que até então a Nintendo dominava sozinha. A família.

Ela não tá mais tão preocupada com os jogadores hardcore, que querem gráficos absurdos ou um jogo super bacana (como dito aqui). Eles querem a família toda na frente da TV e do console, um pouco jogando seus joguinhos familiares de Kinect (mais simples de se produzir e mais baratos, sem marcas famosas, licenciamento caríssimo de nomes como um Final Fantasy), ai a mãe vê tevê no Xbox, o pai usa o Skype ao invés do telefone. 

Ou seja, um console que todos podem aproveitar e não só o filho adolescente.

Considerando que games não são o principal ou talvez não tão importante quanto antes, se a Microsoft ainda permitir revenda de jogos usados (coisa que é muito forte nos EUA e as produtoras não levam nenhuma parte), eles não ganharão nada com games. 

Se o filho adolescente não quiser o Xbox por causa dos jogos exclusivos, o Xbox não entrará na casa da família e não se torna o centro de entretenimento familiar que eles querem. Mas, se o filho vai comprar XBox e ao invés de comprar um jogo direto da Microsoft e sim o jogo usado e a a produtora não ganhar quase nada com games, então o jeito é fazer com que a única fonte de venda de games seja a própria Microsoft.

Um pai, que é o alvo deles, vai pensar que é melhor comprar algo que toda a família pode aproveitar com TV, filmes e séries do que algo que só o moleque vai saber como jogar?
Ao invés de comprar aquele console super poderoso que só o filho vai usar ele vai preferir gastar com um que o filho joga, a irmãzinha joga, a mãe joga e ele vê filmes.

Claro, que os jogadores hardcore odeiam isso, mas vai perguntar pro pai deles (que é quem paga) o que eles preferem. Comprar um Call of Duty ou um game de Kinect, com aqueles avatarzinhos felizes? 
"Ah... você quer jogar, moleque, então vai jogar isso. Ou vai trabalhar e compra o seu PS4."

Ela te oferece os games e mais o plus de ser o centro de diversão da família. Tem gráficos melhores que os games da Nintendo, você joga com o corpo todo e não só com a mão, todo mundo se diverte, depois para e vai ver filmes, mas você, jogador, fica preso a ela para comprar os jogos. Por que você é apenas parte do processo não o foco principal.


Para mim, este é o pensamento da Microsoft com o Xbox One. 
Não é um tiro no pé, é uma decisão bem pensada. Eles sabiam que não iam vencer o PS4 em questão de gráficos, hardware e então não vão nem concorrer com ele, vão aproveitar que são superiores ao WiiU e ir brigar com eles, naquele território que a Nintendo estava sozinha, a família. 
Um grande mercado, lucrativo e que não tinha concorrência nenhuma. Eles eram o n° 2 do mercado contra o PS4, mas podem ser o n° 1 se brigarem contra o WiiU.

E vocês o que acham?

Um comentário:

  1. Bom, acho que é uma visão válida, e foi ótimo retirar a visão do mercado de games brasileiro. Temos que saber que essas empresas estão focadas no mercado americano, europeu e até asiático antes de pensar no latino americano. Porém, acredito que os atuais gamers, não são mais a molecada. Não são mais os adolescentes que ajuntam meses de mesada pra comprar um console, e sim adultos, recém, ou não tão recém ingressantes no mercado de trabalho. Muitos até precisam fazer um pequeno sacrifício pra adquirir um console, mas tem condições de comprá-lo com seu próprio esforço. Vide a censura da maioria dos jogos, é difícil encontrar um game com censura menor do que 16 anos. Entendo a visão, e acredito que a Microsoft está tateando outro mercado. Somente o tempo nos dirá quem tem mais forca e reinará a geracão da década.

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